Catarina Neves – doutoranda em Filosofia Social e Política e investigadora no Centro de Ética, Política e Sociedade, da Universidade do Minho
Catarina Neves começa a sua intervenção por contextualizar o conceito de Rendimento Básico Incondicional (RBI), antes de o enquadrar na temática da conferência. Trata-se de uma proposta de uma prestação atribuída a cada cidadão, independentemente da sua situação financeira, familiar ou profissional, suficiente para permitir uma vida com dignidade.
A componente social do RBI permitiria uma segurança social mais inclusiva e com melhor resposta. Neste contexto da pandemia, algo como o RBI seria fundamental para garantir algumas das necessidades básicas que possam ter sido suprimidas pela crise e pelo desemprego, em particular para aqueles que se encontrem em situações mais precárias.
No que diz respeito à transição ecológica, Catarina Neves realça que com o RBI os trabalhadores tenham mais oportunidades de arriscar noutros tipos de trabalhos – uma vez que não estão tão dependentes exclusivamente do salário -, podendo assim optar por empresas mais ecologicamente sustentáveis.
Termina a sua intervenção reforçando a ideia de que, por si só, a existência de um RBI não resolve todos os problemas mas que seria um contributo fundamental para se alcançarem os objetivos da transição ecológica e reduzir a desigualdade social.