João Relvas, Investigador principal na IBMC.INEB Associate Laboratory
Na sua intervenção, João Relvas faz uma súmula da informação que, no seu entender, se mostra mais relevante acerca do Covid-19. Refere que esta se trata de uma infeção respiratória aguda causada por um vírus da família dos coronavírus, sendo o sétimo vírus desta família a infetar humanos. Resultados preliminares parecem indicar a existência de duas estirpes de Covid-19, sendo uma mais agressiva do que a outra. Entre 2% a 5% dos infetados irá falecer em resultado desta infeção. Apesar de ser mais fatal em pessoas idosas, há relatos de fatalidades em todas as faixas etárias. Entre 18 meses a cinco anos é o tempo apontado para o surgimento de uma vacina “realmente efetiva”. Um conjunto de fármacos encontra-se, neste momento, em teste. A prevenção e o afastamento social é para já, e segundo João Relvas, a melhor forma de se lidar com esta crise.
Pedro Bacelar de Vasconcelos, Deputado e Docente Universitário
Bacelar de Vasconcelos iniciou a sua intervenção, neste debate, estabelecendo uma relação entre as “direitas populistas autoritárias” do Reino Unido, Brasil e EUA e a forma negacionista com que, pelo menos numa fase inicial, lidaram com esta crise. Relativamente à UE, considera serem inaceitável as declarações do Ministro das Finanças holandês que apelavam a uma investigação das contas públicas espanholas em busca dos motivos para a falta de capacidade desse país em lidar com a crise atual. A solidariedade europeia é indispensável para se enfrentar esta crise. A deriva autoritária na Hungria, que se intensificou a pretexto desta crise pandémica, e a crise das migrações que ganhou novos e trágicos contornos na Grécia, na sua fronteira com a Turquia, foram motivos de preocupação referidos. O futuro da UE depende daquilo que ela conseguir fazer para mitigar a atual crise, sanitária e económica.