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A luta contra a pandemia não é uma pausa na vida democrática, não fez desaparecer a ameaça existencial que a extrema-direita representa para a liberdade, nem o vírus nacionalista, como vimos nas “repugnantes” declarações do governo holandês.
Pelo mundo inteiro, milhões de cidadãos vivem confinados. Os pássaros de Hitchcock tornaram-se realidade. Os corvos, que aparecem por todo o lado, têm agora o nome de um vírus; os outros corvos a que o filme alude, e que são hoje os do neofascismo, aguardam a sua vez.
Na macabra contabilidade dos número de mortes, anunciada como as cotações na bolsa que as acompanha na queda, o medo vira terror em noticiários sensacionalistas. Na rua onde estou confinado, a vizinha da casa da frente — de onde me chega o som em contínuo da televisão —, com a terrível idade da população em alto risco, como somos lembrados constantemente, alerta-me: “Vizinho, veja a televisão, que medo, é terrível!” Medo do vírus, mas cada vez mais de um futuro de miséria, na maior recessão desde a que devastou os anos 30.
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